Sempre estamos nos fazendo de vitimas, que somos roubados e logrados pelos políticos, que sobe isto, sobe aquilo e que o brasil não tem jeito mesmo, no entanto o que não admitimos jamais é que somos massa de manobra, somos usados, enganados e ainda chegamos a incredulidade de discutirmos politica como alguém que entende do assunto.
Sim a grande parte da população brasileira é analfabética politica, uns pela necessidade vendem seu voto por algum tipo de agrado em época de eleição, outros pela amizade ,outros pela beleza do candidato, ou seja por qualquer motivo mas jamais valorizam seu voto com um objeto de transformação, como uma forma de punição, por falar em punição, é uma das coisas que politico não sabe o que é, pois quando são acusados de alguma irregularidade conseguem até reinventar a escrita, ou a roda mas provam que os milhares de reais ou dólares na cueca não estavam escondidos porque eram roubados e sim estavam na cueca para esconder de possíveis ladrões.
Parece piada mas é assim que funciona no Brasil, mas dando continuidade a maneira como nós votamos, se são inocentados ou se recorrem em instancias que demoram anos para serem julgadas, chega as eleições e dizemos aos quatro cantos, precisamos de mudança, porem os mesmos políticos que roubaram, desviaram, votaram matérias que prejudicaram a população, mas que tem o dom das palavras bonitas, aparecem e prometem as mesmas mentiras, e então chega a hora de ficarmos frente a frente com a corte que definirá a nossa visão de justiça, ali aonde por alguns segundos seremos o juiz, ou jurado e ajudaremos a dar a sentença para aquele que trapaceou, roubou, e sonegou e ainda me logrou, está ali na minha frente, a possibilidade de interromper esse ciclo de desonestidade, e por alguns minutos de televisão, e umas promessas mentirosas você digita o numero deste candidato e aperta confirma, inocentando o de todos seus erros e lhe concedendo mais quatro anos. Aí volto a pergunta, de quem é a culpa, do politico corrupto ou do eleitor que trocou seu voto por promessas.
A politica sempre existiu e sempre vai existir, políticos corruptos sempre existiram e se estão no poder é porque colocamos eles lá, sim estamos longe de entrarmos num consenso de escolhermos os políticos pela sua trajetória, somos incapazes de dar um trabalho para uma pessoa que teve passagem pela policia porque roubou uma galinha, ou até porque usa maconha, mas somos capazes de eleger um candidato que tem inúmeros processos e passagem pela policia, e ate pior verdadeiros patrocinadores de tráficos, que incoerência da nossa parte.
Fica uma pergunta no ar, porque se fala e até se ensina sobre politica nas escolas, porem jamais se ensina como votar, não se ensina a visitar a historia de vida dos políticos, seu currículo, sua reputação, ou seja falamos em ensinar e criarmos uma geração mais atuante, mais alfabetizada politicamente, e ao contrário as escolas se omitem, podem ensinar enumeras matérias, mas sobre como escolher um candidato, como julga lo pelos seus feitos, isso não é levado tão a serio, pois o importante é que a manada siga seu fluxo, os menos esclarecidos seguindo os que se dizem mais esperto, mesmo que esse caminho os leve ao abatedouro.
Parecia que estávamos bem, viajando em um cruzeiro aonde tudo parecia perfeito, sim com alguns imprevistos porém para tudo achávamos uma solução, quando fomos pegos por uma tempestade vindo da China chamado covid 19, em pleno alto mar. O grande transatlântico chamado mundo naufragou e fomos lançados ao mar, os barcos e coletes salva vidas foram dados aos mais velhos e nós ficamos a deriva sem saber para onde nadar, vendo amigos e familiares morrerem do nosso lado, e para os sobreviventes só restou nadar para o horizonte na esperança de encontrar um navio chamado vacina, enquanto que os primeiros conseguem embarcar nesse navio outros nadam e torcem para que logo chegue sua vez de também embarcar e sentir a sensação de estar salvo, mesmo que durante braçadas de desesperos atrás de ajuda tenha que ver vítimas deste desastre morrerem esperando o socorro que demora chegar.
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